O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira.
O samba é tocado com instrumentos de percussão ( tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho.
Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres.
O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente.
As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil
Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.
O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, no ano de 1917,
cantado por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de
Almeida e Donga .
Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do
Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva e
Heitor dos Prazeres .
Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil,
passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e
compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim;
Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana
Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem
das Onze.
Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas.
Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth
Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico
Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.
Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo
Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros,
Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da
Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara
Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine
Babo.
Ps> Consulte a fonte e terá mais informações!
Oficialmente o primeiro samba foi gravado em 1917 com o título de "Pelo Telefone" e sob a autoria do músico carioca Donga.
A origem da palavra samba, contudo, parece ser mais remota. Seria,
provavelmente, uma derivação do quimbundo semba, que significa umbigada,
ou do umbumdo samba que significa estar animado ou estar excitado.
Há também quem afirme que a palavra tenha sua ligação com a língua luba e
com outras línguas bantas, nas quais samba significa pular ou saltar
com alegria. O que prova que o samba é bem anterior à música de Donga.
Há uma quadrinha de frei Miguel do Sacramento Lopes Gama, publicada no
dia 12 de novembro de 1842, no número 64 da revista "Carapuceiro", de
Pernambuco, de grande importância histórica. Vamos a ela:
Aqui pelo nosso mato,
Qu'estava então mui tatamba,
Não se sabia outra coisa
Senão a Dança do Samba.
O mais curioso é que essa não é a primeira aparição da palavra samba na
tal "Carapuceiro". Em 3 de fevereiro de 1838, o mesmo frei Miguel
escreveu um texto contra um certo "samba d'almocreve". O que se deduz
disso é que certamente "Pelo Telefone" não é o primeiro samba, ou
melhor, que o samba já estava na praça muitos anos antes de sua primeira
gravação.
Pelo Telefone (Donga & Mauro de Almeida)
Almirante
O chefe da folia pelo telefone manda lhe avisar
Que com alegria não se questione para se brincar
O chefe da polícia pelo telefone manda lhe avisar
Que na Carioca tem uma roleta para se brincar
: - Ai, ai, ai,
- Deixa as mágoas para trás ó rapaz
- Ai, ai, ai,
- Fica triste se é capaz, e verás :
: Tomara que tu apanhes
Pra nunca mais fazer isso
Tirar o amor dos outros
E depois fazer feitiço :
: Ai se a rolinha (Sinhô, sinhô)
Se embaraçou (Sinhô, sinhô)
É que a avezinha (Sinhô, sinhô)
Nunca sambou (Sinhô, sinhô)
Porque este samba (Sinhô, sinhô)
De arrepiar (Sinhô, sinhô)
Põe perna bamba (Sinhô, sinhô)
E faz chorar
Com positores e obras:
Sinhô Ismael Silva: Adeus (com Francisco Alves e Noel Rosa), samba,
1932; Afina a viola, samba, 1973; Agradeça a mim, samba, 1934; Alegria,
samba, 1973; Aliás, samba, 1973; Amar (com Francisco Alves e Nilton
Bastos), samba, 1932; Amor de malandro (com Francisco Alves), samba,
1930; Anda, vem cá (c/Francisco Alves e Nilton Bastos), samba, 1932;
Ando cismado (com Noel Rosa), samba, 1933; Antes não te conhecesse
(c/Francisco Alves), samba, 1932; Antes só, samba, 1929
Heitor dos Prazeres: Abandono, samba, 1928; Afine o cavaquinho, samba,
1944; Africana (c/J.Cascata), marcha, 1940; Ai que dor, samba, 1932;
Alegria do morro Brasil, hino do Carnaval, 1939; Amar, meu bem, samba,
1930; Amargurado, samba, 1932; Até que enfim, favela (c/Nelson
Gonçalves), samba, 1946; A cachopa e a mulata, marcha, 1951; Cadenciado,
choro, 1950; Canção do jornaleiro, canção, 1933; Cansado, samba, 1932;
Cantar pra não chorar (c/Paulo da Portela), samba, 1938; Carioca boêmio,
samba-choro, 1945.
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